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Receitas próprias salvam Universidade de Coimbra

Receitas próprias salvam Universidade de Coimbra 

A abertura solene do ano letivo, na passada quarta-feira, dia 25, contou com a presença do Reitor na Sala dos Capelos da Faculdade de Direito desta universidade Este ano, a cidade do conhecimento só tem razões para festejar, não fosse a intromissão do governo na diminuição do orçamento.

Para 2014, o Reitor prevê um cenário sombrio e afirma ainda que “se não fossem as receitas próprias, a Universidade de Coimbra já estaria em colapso total”, apresentando assim um orçamento que não respeita as orientações do governo.      

João Gabriel Silva, ao longo deste novo ano lectivo, pretende cuidar do património físico, recuperar a zona classificada como Património da Humanidade e aproveitar o turismo para aumentar as receitas, promovendo assim a universidade como referência linguística e cultural. Afirma ainda que “o prestígio que nos foi distinguido deve ser reforçado em todas as áreas, atraindo estudantes e professores.” 

“A crise não nos consegue parar”, afirma, dando especial importância à ação social e aos novos mecanismos que foram criados para combater o abandono do ensino superior, como é o caso do PASEP gerido pelos serviços de ação social. Este programa permite aos alunos a realização de algumas tarefas úteis para a universidade em troca de um apoio social individual complementar. Além disso, refere também que a formação é uma mais-valia e que “a melhor defesa para o desemprego é uma formação superior qualificada”, por isso nenhum estudante deveria ter que abandonar o ensino superior por carência económica.          

Ainda assim, Ricardo Morgado, presidente da direção geral da AAC, mostra que o atual serviço de ação social é “insuficiente”, uma vez que desde 2009 existem menos de 20 000 bolseiros, razão pela qual deve ser reforçada.            
Um estudo da OCDE revela que o retorno para o país é seis vezes maior do que o investimento que o estado faz em cada aluno universitário. Por isso, o ensino superior não deveria ser o sector em que mais cortes têm sido aplicados. “Até quando vão as universidades suportar os cortes orçamentais? A crise não pode ser desculpa para tudo” – explica o estudante.       

“A falta de perspetivas de futuro provocadas pelo desemprego jovem, os custos do ensino superior associados à falta de apoios sociais e a situação económica das famílias são as principais razões para que apenas 35% dos jovens opte por se candidatar a uma licenciatura.”
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Receitas próprias salvam Universidade de Coimbra

Notícia do discurso de abertura do início do ano letivo, dirigido à comunidade estudantil.

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